Blocos Tradicionais


Surgidos na primeira metade do século XX, os Blocos Tradicionais por muito tempo  foram conhecidos como Blocos de Ritmo ou Blocos de Tambor Grande, devido a sua cadência rítmica, bem como pela utilização de contratempos – grandes tambores de compensado, cobertos, em geral, com couro de bode, que acompanham os sambas que trazem à memória os antigos carnavais de São Luís.

Além de ser marcada pelo som peculiar dos contratempos, a musicalidade dos blocos conta com a percussão de marcações, retintas, cabaças, reco-recos, agogôs, afoxés, ganzás e rocas. O som resultante favorece a fusão com diversos estilos musicais, que animam a dança dos tocadores e demais brincantes, chamados de balizas, que realizam uma coreografia saltitante.
  
Os Blocos Tradicionais também se caracterizam pelo esmero com que produzem o figurino: apresentam-se com fantasias luxuosas, com golas, mantos, chapéus, camisões, cangas, perneiras e botas.

Na atual dinâmica do carnaval maranhense, cada bloco escolhe anualmente um tema, que serve de inspiração para a composição das letras dos sambas e para a criação das fantasias. Os grupos apresentam-se em diferentes espaços, com destaque para a passarela do samba (local onde disputam o título de campeão do carnaval) e os circuitos de rua, embora também realizem apresentações e atividades durante outras épocas do ano. Nessas ocasiões, saúdam o público com sua expressão característica: “Vai Querer, Vai Querer?!”

São 48 blocos espalhados pela ilha de São Luís em três municípios: São Luís, São José de Ribamar e Paço do Lumiar.